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1°Jornada de Arteterapia e Práticas Integrativas e Complementares

Nos dias 15 e 16 de dezembro de 2017, ocorreu, pelo Departamento de Arteterapia do Instituto Sedes Sapientae, a 1°Jornada de Arteterapia e Práticas Integrativas e Complementares. O evento contou com três mesas temáticas e exibição de pôsteres.

A primeira mesa "Arteterapia e Práticas Integrativas Complementares - formação e atuação", que aconteceu no dia 15 de dezembro, contou com a presença da Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes - Coordenadora do Núcleo de Cuidados Integrativos (NUCI) da UNIFESP, Selma Ciornai - Fundadora e Coordenadora Acadêmica do Curso de Arteterapia do Instituto Sedes Sapientiae e Regina Chiesa - Diretora AATESP Gestão 2017/2019, Arteterapeuta e Arte-educadora.

Profa. Dra. Sissy Veloso Fontes abriu a mesa contribuindo com a estrutura e conceitos que pautam a educação e formação para cuidados integrativos. Entre eles os 04 (quatro) pilares de Jacques Delors e os 07 (sete) de saberes Edgard Morin. Principalmente o sistema do NUCI de ensino ternário que são os 03 (três) pilares pedagógicos que sustentam a epistemologia dos cuidados integrativos, sendo o autoconhecimento, a alteridade e a transdisciplinaridade.

Dando continuidade, Selma Ciornai apresentou um pouco sobre a história da Arteterapia no Brasil e no Instituto Sedes Sapientiae e as conquistas que a profissão tem alcançado. Como fruto disso, o crescimento e fortalecimento dos Órgãos que representam a Arteterapia. Esclareceu a importância de seguir uma estrutura básica teórico-vivencial na formação dos arteterapeutas que está embasada no tripé arte/psicologia/arteterapia e na metodologia científica. Selma esclareceu, também, ser essencial para a formação que os alunos vivenciem seu próprio potencial criativo e que tenham contato com a prática através do estágio supervisionado, o curso deve seguir os parâmetros curriculares estabelecidos pela UBAAT na formação dos arteterapeutas para garantir que esta estrutura seja garantida.

Encerrando a mesa, Regina Chiesa, em sua apresentação, esclareceu a organização e a representação da arteterapia através da UBAAT (União Brasileira de Associações de Arteterapia) fundada em 2006 para assegurar a qualidade dos profissionais, da prática e da docência, bem como a atuação da AATESP (Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo) na a defesa dos interesses dos profissionais e na divulgação da Arteterapia nos mais diversos contextos, bem como as atuais regulamentações aprovadas e em trâmites de aprovação.

A mesa que abriu o evento no dia 16 de dezembro foi "Práticas Integrativas e Complementares suas inserções em serviços de saúde" e teve em sua composição Plínio Cutait - Coordenador do Núcleo de Cuidados Integrativos do Hospital Sírio Libanês, Dr. Emilio Telesi Jr - Coordenador da Área Técnica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Prefeitura de São Paulo e Ney P. Álvares - Assessor Técnico na Supervisão de Saúde Vila Mariana e Jabaquara: área de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

Plínio Cutait iniciou a exposição da mesa falando sobre as Praticas Integrativas e Complementares, o que são e sua integração no hospital Sírio Libanês. Ainda nos mostrou a importância do cuidar e das PICs nos cuidados com os pacientes, esclarecendo que a demanda por essas práticas partem muito dos próprios pacientes, que procuram cuidados mais humanizados, que há um grande crescimento de pesquisas na área e discursou sobre o tratamento global necessário dentro do hospital: curar a doença e cuidar da pessoa.

Dr. Emílio Telesi Jr deu continuidade à mesa, falando sobre a situação das PICs na Secretaria Municipal de Saúde e a sua importância para o SUS. Fez um breve histórico sobre as práticas e mostrou o aumento das PICs nas redes de saúde (não somente do setor público, mas também privado) nos dando um panorama das PICs nas unidades de Saúde e trazendo alguns benefícios que proporcionam. Esclareceu sobre a grande demanda das práticas corporais no setor público e convidou os participantes a refletirem sobre o sentido de “integrativo” e a importância das práticas para o cuidado da saúde das pessoas. Expôs, ainda, sobre o crescimento das PICs acompanhando o avanço das tecnologias, elucidando os cuidados com a pessoa e com a tecnologia na ampliação dos cuidados em saúde.

Ney P. Álvares encerrou a mesa falando sobre o significado das PICs e sua integração nos serviços e pontos de atenção à saúde intersetorial. Esclarece na sua fala a sua importância como alternativa de cuidado e convívio e a importância de como elas são apresentadas e realizadas partindo da ideia de que a atuação nas PICs é uma forma de compreender o outro (de que forma me coloco “a serviço de“?). Neste sentido, o cuidar de si é fundamental para cuidar dos outros e das relações. Finalizou sua exposição, relacionando a arte nos cuidados e esclarecendo a importância da arteterapia nos cuidados de saúde.

A mesa que encerrou o evento foi "Arteterapia nos atendimentos de saúde", na qual profissionais arteterapeutas expuseram alguns de seus trabalhos. Tivemos presentes na mesa M. Carolina M. M. S. Brando falando sobre o processo arteterapeutico na psico-oncologia, Natália H. Pieczarka falando sobre a arteterapia no atendimento social, Rita C.C. Cavalieiri colocando o trabalho com idosos funcionais e disfuncionais e Valeria C. Ferrari falando do processo da arteterapia na Clínica Psicológica.

Maria Carolina relatou sobre os impactos nos aspectos físico, emocional, psíquico, social de pacientes com câncer e como afeta toda a estrutura familiar e social.O parceiro adoece junto o que torna o câncer um “estresse compartilhado” e seu trabalho visa ajudá-los a compreenderem a dinâmica emocional de cada um.

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Rita C.C.Cavalieri apresentou seu projeto "envelhe..."sendo" com as contribuições da arteterapia para a promoção do envelhecimento saudável. Senescência como o processo natural de envelhecimento e a Senilidade como condições fisiopatológicos e doenças crônicas. As contribuições da Arteterapia sendo: para validação da história pessoal; protagonismo;descobrir-se indivíduo criativo e no estímulo das habilidades cognitivas.

Natália H. Pieczarka compartilhou sua experiência na Casa de Simeão - Associação Reciclázaro (ONG), um centro de acolhida a homens acima de 60 anos em situação de vulnerabilidade social (situação de rua) com a inserção da Arteterapia neste campo de atuação e sendo seus objetivos terapêuticos: resgate de identidade; resgate dos desejos; coesão grupal; descoberta da capacidade e da criatividade; melhora da qualidade do contato e socialização; e perspectivas de futuro.

Valeria Carelli Ferrari contribui com a apresentação da inserção de ateliê terapêutico e sua contribuição para atendimento em Clínica Psicológica. Estes atendimentos foram estruturados com pensamento clínico que visava estabelecer relação de atendimento cliente, grupo, e terapeuta, apresentar atividades que possibilitem criar um senso de si, da identidade, do núcleo familiar, do ambiente onde se inserem; desenvolver competência e habilidades para autoconhecimento, criatividade, relacionamento com o outro e com o mundo. Ao privilegiar a comunicação, a compreensão e a criação de uma realidade alternativa, na busca do desenvolvimento do potencial criativo e da capacidade de enfrentamento para encarar a realidade.

Os participantes das mesas foram presenteados com uma gravura em metal em cores, de autoria da artista e arteterapeuta Ana Alice Francisquetti.

Exposição de pôsteres

Além das mesas temáticas, tivemos a exposição de alguns pôsteres que contaram com temas diversificados, tais como processos arteterapêuticos com mulheres abrigadas, idosos, crianças e adolescentes acolhidos, pacientes oncológicos e seus acompanhantes, idosos deficientes físicos, mulheres amputadas, idosos com Alzheimer... O Departamento de Arteterapia apresentou um pôster sobre as Oficinas de Criatividade realizadas no evento “Que Loucura é Essa?”, organizado pela ONG Papel de Gente.

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