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Mulheres na arte: opressão,e re-existencia -Diálogos com Merleau-Ponty


No dia 11/03, recebemos Mônica Alvim (psicóloga, gestalt-terapeuta, pósdoutora em filosofia contemporânea), que apresentou o encontro online , como um evento relacionado ao dia 08/03, de Luta das Mulheres. Mônica iniciou sua fala trazendo algumas bases de seu trabalho e conceitos de Merleau-Ponty, relativos ao corpo e a produção de sentidos. Este corpo é temporal, movente, que apresenta gestos automatizados adquiridos no passado (corpo habitual), e que sustentam e se atualizam no presente em uma potência de transformação (corpo atual). Quando há uma fixação no hábito, uma mpossibilidade de atualização, temos forças opressoras e normativas (hétero, cis, branca, binária), que impedem a capacidade crítica, criadora e transgressiva. A arte, nesse sentido, tem um papel importante de resposta, em uma forma de resistir re-existindo (existindo novamente, atualizando a existência, transgredindo). A partir disso e de algumas discussões de performance de gênero, Mônica apresentou uma sequência de imagens de artes de mulheres (performances, fotografias, colagens) que abordam múltiplas intersecções de existências femininas, demonstrando a potência criadora em tensão com a normatividade, e a importância de manifestações criativas coletivas. Após sua fala, de maneira bela e espontânea, duas pessoas da plateia recitaram poemas escritos por mulheres. Foi um encontro muito potente, que abre pontos importantes de reflexão e práxis.

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